Taiasmin Ohnmacht
Vivo quase assim
Sou o meio, nunca o fim
E se algo começou
Não foi aqui.
Tenho um amigo que se chama Messias
Certo dia, me salvou de um retiro
E me levou pro motel Botafogo
Que alívio!
Não sei se me caso
Ou se belisco a bunda
Dos homens que passam
Tenho alguns pontos A à Z
E nenhum cabaço
Nem vergonhas
Nem temores
Fofocas, sutiãs e salto alto
Queimo com palitos de fósforo
Emprestados
Dizem que tenho um namorado
Mas ainda gosto do Messias
E do motel
Tenho pernas e umbigo
Sabes o que há comigo?
Se souberes me conta ao ouvido
Quero me perder em segredos
Néctar nebuloso
Mareja teus olhos castanhos
Sou náufraga em águas estranhas
Mas repleta desse olhar
Figuras me cobram
Forma e fundo
Vá cobrar outro, ô peste!
Não tenho medo de cobras.
Tenho uma ferida que me fode
E fode
Jogar com a métrica e as palavras é uma arte.
ResponderExcluirÉ muito bom te ler.